Nunca me liguei muito em saber detalhes sobre a vida de Dercy Gonçalves, e como muitos dos grandes artistas que fizeram história e se tornam ainda mais famosos após a morte, a nossa querida Dercy também será imortalizada, para mim e para milhares de pessoas que vivenciaram parte do seu trabalho. No meu caso tudo de bravo e maravilhoso que a Dercy fez tornou-se sabido após assistir o programa
"Dercy de verdade" uma grande iniciativa da rede globo em trazer a tona a coragem que essa mulher teve para enfrentar preconceitos sem perder a alegria.
Nascida no interior do estado do Rio de Janeiro em 1905 em uma família pobre, Dolores Gonçalves Costa, por nós conhecida como Dercy Gonçalves foi registrada 23 de junho de 1907.
Filha de um alfaiate e uma lavadeira que abandonou o lar com sete filhos, Dercy foi trabalhar em uma bilheteria de cinema, onde assistindo aos filmes durante o expediente aprendeu a se maquiar e atuar como as artistas, e para realizar o seu sonho de seguir carreira artística fugiu de casa aos dezessete anos para se juntar a uma trupe de teatro.
Apesar da coragem em fugir de casa, Dercy era uma típica menina do interior. No início da carreira durante as viagens com a trupe, Dercy adquiriu turbeculose tendo que se afastar da sua maior paixão, o circo. Um exportador de café mineiro chamado Ademar Martins Senra a conheceu quando passava próximo a tenda do circo, se encantou por ela e pagou todas as contas do tratamento médico na a internação da atriz
que não tinha dinheiro suficiente para custear o tratamento. Depois de Curada, Dercy teve um romance com o Ademar, que era um homem casado. Deste relacionamento nasceu a sua única filha, a Decimar.
Marcada pelos relacionamentos frustrados, Dercy Gonçalves sofreu com varias decepções amorosas. Tudo em sua vida parecia difícil e destinado ao fracasso. Em compensação, ela tinha um jeitão despachado de enfrentar a desventura de frente. Matava um leão por dia, por isso ela não desistiu da carreira então depois que o pai de Decymar sumiu sem dar explicações, Dercy voltou aos palcos.
Especializando-se na comédia e no improviso, participou do auge do Teatro de revista brasileiro, nos anos 1930 e 1940, estrelando algumas delas, como "Rei Momo na Guerra", em 1943, de autoria de Freire Júnior e Assis Valente, na companhia do empresário Walter Pinto.
Em 1960 iniciou sua carreira-solo. Suas apresentações em diversos teatros brasileiros conquistavam até mesmo o público cheio de moralismos.
Nesses espetáculos, gradativamente introduziu um monólogo no qual relatava fatos autobiográficos. Paralelamente a estas apresentações, atuou em diversos filmes do gênero chanchada e comédias nacionais.
Na televisão, chegou a ser a atriz mais bem paga da TV Excelsior em 1963. No final dos anos 1980, quando a censura permitiu maior liberalismo na programação, Dercy passou a integrar corpos de jurados em programas populares, como em alguns apresentados por Silvio Santos, e até aparições em telenovelas da Rede Globo. No SBT voltou a experimentar um programa próprio que, entretanto, teve curtíssima duração.
Desbocada e irreverente, essa grande humorista não economizava nos palavrões, estes são referências em sua vida e trabalho.
Dercy encantou e surpreendeu muitas pessoas pelo seu talento, sendo reconhecida pelo Guinness Book como a atriz com maior tempo de carreira na história mundial (86 anos).
Dercy Gonçalves faleceu no dia 19 de julho de 2008, no Rio de janeiro com mais de cem anos, e deixou saudade ao publico brasileiro que admirava o seu trabalho e autenticidade.
Dercy é para mim uma mulher inspiradora, exemplo de autoconfiança e vontade, pois, apesar se todos os problemas que ela enfrentou nunca desistiu do seu sonho e fez da tragédia uma sátira, levando a vida com alegria, garantindo através da arte boas gargalhadas ao povo brasileiro.
Fontes:
adorava aquela boca porca kkkkkkkkkkkkkk
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